quarta-feira, 22 de junho de 2011

José Violante, o português que mandou na NBA

José Violante (foto ASF)
José Violante e uma vida de american dream. Saiu de Viseu com 15 anos e, sem falar inglês, rumou aos EUA. Chegou ao top de empresas norte-americanas... entre as quais a maior liga do mundo.

31 Março de 1967. A data marcou José Violante. «Se sei o que se passou nesse dia? Foi o dia em que cheguei aos Estados Unidos», responde. A crise económica fazia-se sentir junto de um casal de Penalva de Castelo, mas escapava ao seu filho, que fazia do futebol o escape. «Via os jogos na televisão e sonhava ser jogador do Benfica», resume da época em que era Eusébio num campo pelado, fazendo de troncos de pinheiros a baliza.

Do Portugal profundo partiu para a grandiosidade dos Estados Unidos. O primeiro contacto não foi fácil. «Pouco percebia o que falavam. Um dia a professora perguntou o significado de monolith. Associei a palavra portuguesa e fui o único a responder. Grande vitória!», recorda. Talvez o primeiro dos muitos triunfos pessoais na vida. Coleccionou-os até chegar a algumas das maiores empresas americanas, protagonizando o... sonho americano.

Um dia recebeu um telefonema. «Um amigo ligou-me a dizer que uma empresa pretendia alguém com as minhas características profissionais», conta. «Estava numa fase de procura de estabilidade. Mas como era ligado ao desporto fiquei aliciado», acrescenta.

Só mais tarde, depois de ultrapassar uma triagem, lhe foi avançado o empregador: NBA. «Fui a Nova Iorque falar com o próprio comissário. Aí conheci a pessoa a quem reportei directamente, David Stern», explica, sem saber, na altura, o motivo de ter sido o eleito.

A resposta encontrou-a mais tarde, numa análise que José Violante fez à condição de vice-presidente responsável pela NBA Europa, gerindo o escritório de Paris e um negócio a reestruturar.

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